Eleição para mesa diretora do Senado Federal do Brasil em 2023
2021 ← → 2025 | ||||
1° de fevereiro de 2023 | ||||
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Candidato | Rodrigo Pacheco | Rogério Marinho | ||
Partido | PSD | PL | ||
Natural de | Rondônia[nota 1] | Rio Grande do Norte | ||
Votos | 49 | 32 | ||
Porcentagem | 60,5% | 39,5% | ||
Titular Eleito |
A eleição para a presidência do Senado Federal do Brasil ocorreu em 1º de fevereiro de 2023, durante o dia de abertura da 3ª Sessão da 57ª Legislatura do Congresso Nacional. Ela resultou na eleição do presidente, de dois vice-presidentes, dos cargos de 1º, 2º, 3º e 4º Secretário da mesa e dos seus respectivos suplentes, que ficarão no cargo até fevereiro de 2025. Os membros da Mesa foram eleitos para um mandato de dois anos (bienal), vedada a reeleição para o período imediatamente subsequente (art. 59 do Regimento Interno do Senado Federal).[1]
O presidente e os demais cargos da Mesa Diretora são eleitos com a maioria absoluta dos votos (ou seja, 50% mais um dos votos válidos). A eleição dos membros da Mesa Diretora do Senado Federal será feita em escrutínio secreto, exigida a maioria de votos, também exigindo a presença da maioria da composição do Senado e assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das representações partidárias ou dos blocos parlamentares que atuam no Senado Federal (art. 60 do Regimento Interno do Senado Federal).[1]
O atual presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, está apto a concorrer a um segundo mandato.[2]
Candidatos à Presidência do Senado Federal
[editar | editar código-fonte]- Rodrigo Pacheco (PSD-MG): O atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tentará a reeleição. Ele foi o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2021, quando foi eleito para comandar a Casa, mas neste ano tem demonstrado mais proximidade com o governo Lula.[3]
- Rogério Marinho (PL-RN): Marinho foi ministro do Desenvolvimento Regional no Governo Jair Bolsonaro e foi eleito senador pelo estado do Rio Grande do Norte nas eleições de 2022. Sua pré-candidatura foi anunciada pelo Partido Liberal em 6 de dezembro de 2022.[4] Ele é o nome apoiado pela ala bolsonarista do Senado Federal.[3]
Candidaturas
[editar | editar código-fonte]Nota: a tabela a seguir está organizada por quantidade de apoios partidários anunciados até o momento.
Candidatos à Presidência do Senado Federal |
Apoios anunciados | Cargo | |||
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Candidato | Foto | Partido | |||
Rodrigo Pacheco | PSD | (PSD, PT, MDB, UNIÃO, PDT, Cidadania, PODE, REDE, PSB)[5] | Senador por Minas Gerais (desde 2019) | ||
Rogério Marinho | PL | (PL, Republicanos, PP, PSDB[6])[7] | Senador pelo Rio Grande do Norte (desde 2023) |
Desistências
[editar | editar código-fonte]- Eduardo Girão (PODE-CE): Senador pelo estado do Ceará desde 2019, Girão é também um aliado fiel do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele anunciou sua pré-candidatura de maneira avulsa à Presidência do Senado em 13 de dezembro de 2022[8]. Retirou sua candidatura durante o típico discurso dos candidatos para apoiar Rogério Marinho para a Presidência do Senado.[9][10] Ele afirmava que seu objetivo, caso vencesse, seria realinhar o Congresso Nacional à pauta bolsonarista, como a defesa pela liberdade de expressão e o fim da censura imposta pelo Judiciário.[3]
Resultados por cargo
[editar | editar código-fonte]Presidente
[editar | editar código-fonte]O atual presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, foi reeleito com 49 votos.[11]
Candidato | Número de Votos | Partido | Bloco | UF | % |
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Rodrigo Pacheco | 49 | PSD | PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE | Minas Gerais | 60,49 |
Rogério Marinho | 32 | PL | PL, PP, Republicanos, PSDB | Rio Grande do Norte | 39,51 |
Brancos | 0 | – | – | – | 0 |
Eleitores aptos | 81 | – | – | – | 100 |
1.º Vice-presidente
[editar | editar código-fonte]O atual vice-presidente do Senado Federal, Veneziano Vital do Rêgo, foi reeleito em uma chapa única com 66 votos favoráveis e 12 votos contrários (contabilizados como brancos).[12]
Candidato | Número de Votos | Partido | Bloco | UF | % |
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Veneziano Vital do Rêgo | 66 | MDB | PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE | Paraíba | 100 |
Brancos | 12 | – | – | – | 15,38 |
Abstenções | 3 | – | – | – | 3,7 |
Votos válidos | 66 | – | – | – | 84,62 |
Votos totais | 78 | – | – | – | 100 |
Eleitores aptos | 81 | – | – | – | 96,3 |
2.º Vice-presidente
[editar | editar código-fonte]O cargo de segundo-vice-presidente seria inicialmente disputado por dois candidatos: Wilder Morais e Rodrigo Cunha. Mas o representante de Goiás retirou sua candidatura, a partir de orientação do líder do PL na Casa, senador Flávio Bolsonaro (RJ). Dessa forma, todos os cargos tiveram candidato único. Rodrigo Cunha garantiu a vaga da Segunda Vice-presidência, a qual classificou como uma candidatura “de consenso”.[12]
Candidato | Número de Votos | Partido | Bloco | UF | % |
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Rodrigo Cunha | 66 | PODEMOS | PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE | Alagoas | 100 |
Brancos | 12 | – | – | – | 15,38 |
Abstenções | 3 | – | – | – | 3,7 |
Votos válidos | 66 | – | – | – | 84,62 |
Votos totais | 78 | – | – | – | 100 |
Eleitores aptos | 81 | – | – | – | 96,3 |
1.ª Secretaria
[editar | editar código-fonte]Rogério Carvalho, que ocupava o cargo de 3.º Secretário, assume a 1ª Secretaria, responsável pela condução administrativa do Senado.[12]
Candidato | Número de Votos | Partido | Bloco | UF | % |
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Rogério Carvalho | 66 | PT | PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE | Sergipe | 100 |
Brancos | 12 | – | – | – | 15,38 |
Abstenções | 3 | – | – | – | 3,7 |
Votos válidos | 66 | – | – | – | 84,62 |
Votos totais | 78 | – | – | – | 100 |
Eleitores aptos | 81 | – | – | – | 96,3 |
2.ª Secretaria
[editar | editar código-fonte]A 2ª Secretaria ficou a cargo do senador Weverton Rocha, que até então estava à frente da 4.ª Secretaria.[12]
Candidato | Número de Votos | Partido | Bloco | UF | % |
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Weverton Rocha | 66 | PDT | PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE | Maranhão | 100 |
Brancos | 12 | – | – | – | 15,38 |
Abstenções | 3 | – | – | – | 3,7 |
Votos válidos | 66 | – | – | – | 84,62 |
Votos totais | 78 | – | – | – | 100 |
Eleitores aptos | 81 | – | – | – | 96,3 |
3.ª Secretaria
[editar | editar código-fonte]A 3.ª Secretaria do Senado Federal ficou a cargo do senador Chico Rodrigues.[12]
Candidato | Número de Votos | Partido | Bloco | UF | % |
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Chico Rodrigues | 66 | PSB | PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE | Roraima | 100 |
Brancos | 12 | – | – | – | 15,38 |
Abstenções | 3 | – | – | – | 3,7 |
Votos válidos | 66 | – | – | – | 84,62 |
Votos totais | 78 | – | – | – | 100 |
Eleitores aptos | 81 | – | – | – | 96,3 |
4.ª Secretaria
[editar | editar código-fonte]A 4.ª Secretaria do Senado Federal ficou a cargo do senador Styvenson Valentim.[12]
Candidato | Número de Votos | Partido | Bloco | UF | % |
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Styvenson Valentim | 66 | PODE | PSD, PT, PSB, PDT, MDB, UNIÃO, Cidadania, PODE, REDE | Rio Grande do Norte | 100 |
Brancos | 12 | – | – | – | 15,38 |
Abstenções | 3 | – | – | – | 3,7 |
Votos válidos | 66 | – | – | – | 84,62 |
Votos totais | 78 | – | – | – | 100 |
Eleitores aptos | 81 | – | – | – | 96,3 |
Suplências
[editar | editar código-fonte]A eleição para a primeira e segunda suplência aconteceu em 23 de março de 2023, sem a necessidade de disputa ao cargo. A 1ª suplente, escolhida por aclamação, foi a senadora paulista Mara Gabrilli (PSD-SP), e a 2ª suplente eleita foi a senadora catarinense Ivete da Silveira (MDB-SC).[13][14] Já o 3º e 4º suplente, eleitos respectivamente em 30 de maio de 2023, foram Hiran Gonçalves (PP-RR) e Mecias de Jesus (Republicanos-RR).[15]
Notas
- ↑ Apesar de ser natural de Rondônia, Pacheco foi eleito senador pelo estado de Minas Gerais.
Referências
- ↑ a b «Regimento Interno do Senado Federal» (PDF). Senado Federal. Consultado em 23 de janeiro de 2023
- ↑ «Lira vislumbra reeleição tranquila na Câmara, enquanto Pacheco terá obstáculo no Senado». Folha de S.Paulo. 7 de janeiro de 2023. Consultado em 17 de janeiro de 2023
- ↑ a b c «Pacheco e Marinho: Saiba quem são os candidatos de Lula e Bolsonaro para comandar o Senado». Estadão. Consultado em 17 de janeiro de 2023
- ↑ «PL anuncia candidatura de Rogério Marinho à Presidência do Senado». G1. Consultado em 17 de janeiro de 2023
- ↑ Amaral, Gabriel Hirabahasi, Luciana. «Aliados de Pacheco estimam que presidente do Senado tem de 55 a 60 votos à reeleição». CNN Brasil. Consultado em 17 de janeiro de 2023
- ↑ «Líder do PSDB diz que maioria da bancada votará em Rogério Marinho | Metrópoles». www.metropoles.com. 30 de janeiro de 2023. Consultado em 1 de fevereiro de 2023
- ↑ «PL lança Rogério Marinho como candidato à presidência do Senado». Congresso em Foco. 16 de janeiro de 2023. Consultado em 17 de janeiro de 2023
- ↑ «Girão anuncia candidatura à Presidência do Senado». Senado Federal - Agência Senado. Consultado em 17 de janeiro de 2023
- ↑ Fagundes, Murilo (1 de fevereiro de 2023). «Girão retira candidatura e abre espaço para Marinho». Poder360. Consultado em 1 de fevereiro de 2023
- ↑ «Girão desiste de candidatura e apoia bolsonarista Rogério Marinho». UOL. Consultado em 1 de fevereiro de 2023
- ↑ Fagundes, Nicholas Shores, Murilo (1 de fevereiro de 2023). «Pacheco vence por 49 a 32 e é reeleito presidente do Senado». Poder360. Consultado em 3 de fevereiro de 2023
- ↑ a b c d e f «Definida Mesa do Senado para os próximos dois anos». Senado Federal - Agência Senado. 2 de fevereiro de 2023. Consultado em 3 de fevereiro de 2023
- ↑ «Mara Gabrilli e Ivete da Silveira são eleitas suplentes da Mesa do Senado». Rádio Senado. Consultado em 2 de abril de 2023
- ↑ «Pesquisa de Senadores - Senado Federal». www25.senado.leg.br. Consultado em 2 de abril de 2023
- ↑ Senado, Agência (30 de maio de 2023). «Dr. Hiran e Mecias de Jesus eleitos suplentes da Mesa do Senado». O Bom da Notícia. Consultado em 15 de setembro de 2023